1. |
Pau de Arara
03:05
|
|||
Pau de arara
(Luiz Gonzaga – Guio de Moraes)
Quando eu vim do sertão,
seu moço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão
|
||||
2. |
Fuso
04:37
|
|||
Fuso
(Paula Duarte – Nicolás Farruggia)
Aqui é noite, aí madruga
Meu corpo pede tuas mãos em mim
Mas você dorme e o dia nasce
Aqui já é tarde, eu durmo enfim
Eu sou nascente no seu poente
Te quero junto e o fuso
Invade difuso bate meu
Céu no seu
Meu sol é lua com fuso
Abuso, te abduzo pro colo meu
E quando eu lua te quero sol
Sem fuso eu uso do sonho, anzol
Me faço intruso e viro as horas
No teu lençol: laggiù di notte,
Aqui madrugada pagã
Teço o tempo de te encontrar
Terço a tempo, corro pra trás
A ver si te alcanzo no teu lugar
Mas vem o fuso: Me esquento, infuso
Me enfeito e danço
Bulir, girar
Desnudo as horas
Espero fora
E enfim me lanço
Pra te ancorar
Em ti eu pouso
Bulir, girar
Medindo os tempos
Sem mais demora
Fusão de ventos
Eterno gozo
Mesclando língua lugar e fuso
Meu hoje, ontem, é de manhã
Sentirte cerca, verte en un sueño
Averti insonne, bailando em mim
E qui confuso, del tempo abuso
Altero o fuso, do amor sem fim
|
||||
3. |
Chiclete com Banana
04:49
|
|||
Chiclete com Banana
(Gordurinha – Almira Castilho)
Só ponho bebop no meu samba
Quando o tio Sam pegar no tamborim
Quando ele bater no pandeiro e no zabumba
Quando ele entender que o samba não é rumba
Aí eu vou misturar Miami com Copacabana
Chicletes eu misturo com banana
E o meu samba vai ficar assim
Bebop, Bebop, Bebop
Quero ver a grande confusão
Bebop, Bebop, Bebop,
É o samba-rock, meu irmão
Mas em compensação
Quero ver o boogie-woogie de pandeiro e violão
Quero ver o tio Sam de frigideira
Numa batucada brasileira
|
||||
4. |
Água de Remanso
03:27
|
|||
Água de remanso
(Music by Nicolás Farruggia over an existing poem by Thiago de Mello)
Cismo o sereno silêncio:
sou: estou humanamente
em paz comigo: ternura.
Paz que dói, de tanta.
Mas orvalho. Em seu bojo
estou e vou, como sou.
Ternura: maneira funda,
cristalina do meu ser.
Água de remanso, mansa
brisa, luz de amanhecer.
Nunca é a mágoa mordendo.
Jamais a turva esquivança,
o apego ao cinzento, ao úmido,
a concha que aquece na alma
uma brasa de malogro.
|
||||
5. |
Flor-de-lis Boa!
03:19
|
|||
Flor-de-lis Boa!
(Lyrics: Nizaldo Costa - Music: Alberto Becucci & Nicolás Farruggia)
Lá vem ela lá
Lá vem ela lá
Flor-de-Lis
Flor-de-Lis boa!
A tigresa portuguesa
Só veste vestido de lua
É fogueira acesa
Se despe fica toda nua
Lá vai ela lá / Lá vai ela lá
Marinheira do mar sem fim
Ribeira do mar em mim
Tainheira cor de marfim
Flor-de-lis, Flor-de-lis
Requebro e remelexo
De cair o queixo
Dança e balança
E eu não me queixo
Me molha, se me olha assim de soslaio
Rola e rebola a banda e o balaio
|
||||
6. |
Súplica Cearense
04:06
|
|||
Súplica Cearense
(Gordurinha – Nelinho)
Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há
Senhor, pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará
|
||||
7. |
Pasqualino Marajá
04:12
|
|||
Pasqualino Marajá
(Domenico Modugno – Franco Migliacci)
Un certo Pasqualino pescatore,
viveva in assoluta povertà:
però sentiva sempre in fondo al cuore
qualcosa che diceva: "Un dì verrà!"
E un bel dì giunse a Sorrento
una principessa indiana
sopra un grosso bastimento :
la bellissima Kalì.
Pasqualino la guardò
E Kalì s'innamorò
ed in India lo portò...
Pasqualino Marajà,
a cavallo all'elefante,
con in testa un gran turbante,
per la jungla se ne va.
Pasqualino Marajà
non lavora e non fa niente :
fra i misteri dell'Oriente
fa il nababbo tra gli indù
Ulla! Ulla! La..
Pasqualino Marajà
non lavora e non fa niente:
fra i misteri dell'Oriente
fa il nababbo tra gli indù,
Ulla! Ulla! La.
Cento casse
di diamanti grossi grossi...
mentre principi potenti
gli s'inchinano davanti,
lui si fuma il narghilé.
Eh! Eh! Eh!
Pasqualino Marajà
ha insegnato a far la pizza,
tutta l'India ne va pazza,
solo pizza vuol mangiar!
Pasqualino Marajà
ha imparato a far l'indiano
ma, da buon napoletano,
chiama tutti :"Ué, paisà!"
Ulla! Ulla! La.
|
||||
8. |
El Cosechero
04:11
|
|||
El Cosechero
(Ramón Ayala)
El viejo río que va
Cruzando el amanecer
Como un gran camalotal
Lleva la balsa en su loco vaivén
Rumbo a la cosecha cosechero yo seré
Y entre copos blancos mi esperanza cantare
Con manos curtidas dejare en el algodón
Mi corazón.
La tierra del chaco quebrachera y montaraz
Romperá en mi sangre con un ronco sapucay
Y será en el surco mi sombrero bajo el sol
Faro de luz
Algodón que se va... que se va.. que se va...
Plata blanda mojada de luna y sudor
Un ranchito borracho de sueños y amor
Quiero yo
De corrientes vengo yo
Barranquera ya se ve
Y en la costa un acordeón
Gimiendo va su lento chamamé
Rumbo a la cosecha...
|
||||
9. |
Roendo Unha
03:50
|
|||
Roendo Unha
(Luiz Gonzaga – Luiz Ramalho)
Quando vinvin cantou
Corri pra ver você
Atrás da serra, o sol
Estava pra se esconder
Quando você partiu
Eu não esqueço mais
Meu coração, amor,
Partiu atrás
Vivo com os olho na ladeira
Quando vejo uma poeira
Penso logo que é você
Ando de orelha levantada
Para o lado da estrada
Que atravessa o muçambê
Olha, já estou roendo unha
A saudade é testemunha
Do que agora vou dizer
Quando na janela
Me debruço
O meu cantar é um soluço
A galopar no maçapê
|
||||
10. |
Vendedor de Caranguejo
03:00
|
|||
Vendedor de caranguejo
(Gordurinha)
Caranguejo Uçá
Caranguejo Uçá
Apanho ele na lama
E boto no meu caçuá
Tem caranguejo
Tem gordo guaiamum
Cada corda de dez
Eu dou mais um
Eu dou mais um
Eu dou mais um
Cada corda de dez
Eu dou mais um
Eu perdi a mocidade
Com os pés sujos de lama
Eu fiquei analfabeto
Mas meus filho criou fama
Pelo gosto dos menino
Pelo gosto da mulher
Eu já ia descansar
Não sujava mais os pé
Os bichinho tão criado
Satisfiz o meu desejo
Eu podia descansar
Mas continuo vendendo caranguejo
|
||||
11. |
Fico Leve
03:45
|
|||
Fico leve
(Lyrics: Rudson Costa – Music: Nicolás Farruggia)
Sei que só detecta quem sabe ver
Os finos contornos que desenham você
Sei que só percebe quem sabe ouvir
Os sinos-badalos que anunciam a ti
Sei que só percebe quem sabe ouvir
Toda vibração cromática de tua cores entre si.
Então
Se estou no céu estou contigo
Fico leve si te levo comigo
Se estou no céu estou contigo
Fico leve...
|
||||
12. |
Marujada
03:53
|
|||
Marujada
(Lyrics: Flávio Assis – Music: Nicolás Farruggia)
Marujada voltou
Sete meses marujar
Saudade é sede dessa menina
Bebendo água do mar
Saudade é sede dessa menina
Bebendo água do mar
Lá na pedra do porto
Janaína alumia
Os olhos morenos
Cansados de nem marejar
Da moça
Espera curtida na maresia
Marujo tem fome tirana
Navega até sossegar
Marujada voltou..
Nos braços sedentos de outro
A saudade silencia
Nos olhos a triste promessa
De sempre voltar
Mas diz um ditado antigo
Do mar da Bahia
Marujo segura no leme
Quem navega é o mar
Alta noite marujada de manhã
Vela acesa, vento leva
Reza, chega na maré
Quem navega é o mar
Marujo segura no leme
Mas quem navega é o mar
|
||||
13. |
Festa
03:42
|
|||
Festa
(Gonzaguinha)
Sol vermelho é bonito de se ver,
Lua nova no alto que beleza,
Céu limpinho é bonito e a natureza,
Em visão que tem muito de prazer,
Mas bonito pra mim é céu cinzento,
Com clarão entoando o seu refrão,
Prenúncio que vem trazendo o alento,
Da chegada da chuva no sertão,
Ver a terra rachada amolecendo,
A terra ante os pobre enriquecendo,
O milho pro céu apontando,
Feijão pelo chão enramando,
E depois pela safra que alegria,
Ver o povo todinho num vulcão,
A negrada caindo na folia,
Esquecendo das magoas sem lundu,
Belo é o recife pegando fogo,
Na pisada do maracatu
|
||||
14. |
Mornaião
03:45
|
|||
Music by Alberto Becucci
|
Streaming and Download help
If you like Forró Miór, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp